Ministro rebateu senador após ser alvo de denúncia sobre suposto cartel para exportar carne para o pais asiático [Foto – Angelo Varela]
O ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Carlos Fávaro (PSD), rebateu as críticas feitas pelo senador Jaime Campos (União), à lista de frigoríficos enviada à China pelo Ministério da Agricultura para habilitação das exportações para o país asiático. Jaime Campos afirmou que uma verdadeira quadrilha estaria comandando o mercado de exportação no Brasil com o apoio do Ministério da Agricultura. O senador do União Brasil classificou a lista como uma “lambança”, por incluir um frigorífico de Diamantino (distante 181 km de Cuiabá) que pegou fogo e estaria desativado.
Fávaro disse que a lista seguiu ordem cronológica e foi aprovada por todas as entidades representativas do setor. Informou ainda que a China já analisou mais do que as 20 unidades indicadas inicialmente pelo Ministério. “Se ele (Jaime) precisar saber de alguma informação, o ministério, com total lisura, está à disposição. A concentração em determinados setores da economia é natural no mundo, por isso tem o CAD para poder verificar”, disse Fávaro.
Segundo o ministro da Agricultura, “a China vinha pedindo insistentemente para a gente enviar uma lista menor. Já estamos quase no final do ano sem as habilitações e chegamos ao entendimento com todas as entidades que mandaríamos pelo menos as primeiras 20 para eles analisarem. E eles já avisaram que passaram dessas 20, portanto, todos aqueles que cumpriram os requisitos estão aptos a tratar com os importadores chineses e o governo chinês a sua habilitação. Quem vai habilitar é a China e não o Brasil”, explicou o ministro.
Conforme Carlos Fávaro, “a primeira lista encaminhada contava com 77 plantas frigoríficas que cumpriram os requisitos sanitários exigidos e estão aptas para habilitação e, após reunião com as entidades representativas do setor, o entendimento foi de redução aos 20 primeiros para avaliação inicial”.
Sobre o frigorífico de Diamantino, o ministro disse que “é uma planta que teve um incidente e pegou fogo e que estava na lista, o Mapa informa que ela continua na lista. Não será punida. Se no momento em que a China for realizar a vistoria ela não estiver apta, não será habilitada naquele momento, mas permanecerá na lista”, argumentou.
Fonte: O Documento