O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou que o estado pretende seguir adiante com a proposta de aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Ele explicou que a nova reforma tributária em discussão no Congresso Nacional resultará em uma redução na arrecadação, tornando necessário estabelecer uma reserva para atenuar esse impacto.
Pivetta lamentou a necessidade desse ajuste fiscal, destacando que é uma imposição da reforma tributária. Ressaltou ainda que outros estados, principalmente do Nordeste e Centro-Oeste, estão elevando a alíquota padrão do ICMS como medida para criar uma espécie de reserva durante a transição entre os modelos tributários, prevista para um período de 10 anos. Após esse período, está prevista a cobrança do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
“Infelizmente, essa reforma tributária impõe algumas necessidades. Todos os estados estão se manifestando, alguns já procederam o aumento, nós precisamos proteger o interesse do estado para o futuro. Não é da nossa vontade, não temos nenhum interesse em fazer isso, mas é necessário”, disse.
Economistas observam que, em média, os estados têm aumentado o ICMS em 3 pontos percentuais. Em Mato Grosso, a alíquota padrão está em 17%, e, seguindo essa lógica, poderia chegar a 20%.
Contudo, qualquer ajuste dependerá da aprovação dos deputados estaduais. Anteriormente, em outubro, o então chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, mencionou que o governo aguardava o desfecho da votação da reforma tributária no Senado para decidir se encaminharia ou não a mensagem à Assembleia.
Fonte: O Documento