Governo israelense advertiu mais de 1 milhão de pessoas ao norte de Gaza de que devem se deslocar para o sul antes de uma operação terrestre
Em uma entrevista ao programa de notícias da CBS 60 Minutes, à pergunta se apoiaria uma ocupação de Gaza por parte de um aliado dos EUA, Biden respondeu: “Acho que seria um grande erro”. “O Hamas não representa todo o povo palestino”, acrescentou Biden. Mas invadir e “eliminar os extremistas” é um “requisito necessário”, declarou o presidente.
O Hamas realizou seu ataque com milicianos que atravessaram a fronteira fortemente fortificada e mataram a tiros, esfaquearam e incendiaram mais de 1.400 pessoas, a maioria civis. Os ataques de retaliação de Israel nos dias seguintes devastaram bairros inteiros e mataram pelo menos 2.670 pessoas em Gaza, em sua maioria palestinos comuns.
Israel enfrenta fortes advertências sobre as implicações de implantar tropas no território da Faixa de Gaza, com organizações de ajuda alertando para um desastre humanitário, temores de escalada do conflito e o desafio de distinguir entre milicianos e civis no enclave empobrecido e densamente povoado.
Israel ocupou Gaza pela primeira vez na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e ela só foi devolvida aos palestinos por completo em 2005. Um ano depois, Israel impôs um bloqueio aéreo, marítimo e terrestre à estreita faixa de terra de 362 km², que também faz fronteira com o Egito e o mar Mediterrâneo.
Em 2007, Israel intensificou o bloqueio após o Hamas tomar o controle de Gaza do movimento laico Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. À pergunta se o grupo Hamas — que Biden descreve como “um bando de covardes” — deveria ser completamente eliminado, o presidente respondeu: “Sim”.